OBJETIVOS: Compreender as diferentes estruturas do solo, reconhecendo sua formação, tipos e influência nas propriedades físicas, químicas e biológicas
MATERIAL NECESSÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES:
ferramentas adequadas como ( enxadas,facas).
PROCEDIMENTOS: Retirar amostras de diferentes tipos de solo, preservando suas estruturas naturais. A coleta deve ser feita com cuidado, utilizando ferramentas apropriadas para não quebrar ou deformar os agregados. As amostras devem ser devidamente identificadas quanto à profundidade, local de coleta e características visuais. Após a coleta, acondicionar as amostras em recipientes rígidos ou embalagens que evitem o desmoronamento, garantindo a integridade até a análise.
ESTRUTURAS DO SOLO LAMINAR
ESTRUTURAS DO SOLO GRÂNULOS
ESTRUTURAS DO SOLO BLOCOS ANGULARES E SUBANGULARES
ESTRUTURAS DO SOLO COLUNAR E PRISMÁTICA
CONCLUSÃO: As partículas primárias (argila, silte e areia) geralmente se agrupar formando agregados, responsáveis por conferir estrutura ao solo. Quando essa massa não apresenta uma estrutura evidente e se mostra coerente, diz-se que o solo é do tipo maciço. Já quando os grãos estão soltos, sem coesão aparente, são classificados como de grãos simples.
as argilas silicatadas têm a forma de placas ou lâminas e por isto tende a se ajustar face a face.Essa disposição aumenta a coesão entre as lâminas, formando uma estrutura densa e com baixa permeabilidade.
Por outro lado, solos mais antigos e altamente intemperizados, como os Latossolos ricos em gibbsita, apresentam-se com aspecto granular, semelhante a pó de café ou terra de formigueiro. Esses grânulos são soltos e formam espaços porosos significativos entre si. A gibbsita, nesse caso, dificulta o empilhamento face a face das partículas, funcionando como um obstáculo físico, impedindo esse arranjo.
Entre os dois extremos a estrutura compacta, com forte coesão, e a estrutura granular altamente porosa — existem formas intermediárias de organização das partículas. Estruturas como blocos angulares e subangulares, prismas e colunas representam diferentes graus de ordenação e coesão interna. A matéria orgânica também exerce influência semelhante à da gibbsita, contribuindo para a agregação ou dispersão das partículas. Estudos, como o de Fontes (1990), apontam que a goethita, ao se ligar diretamente a moléculas orgânicas, atua de forma análoga à gibbsita.
Grânulos: agregados com dimensões semelhantes em todas as direções, bastante porosos quando em conjunto. Ocorrem comumente no horizonte A, especialmente em solos ricos em matéria orgânica, e os Latossolos.
Grumos: similares aos grânulos, porém mais porosos e com influência significativa da matéria orgânica. São encontrados no horizonte A de solos chernozêmicos.
Blocos: parecidos com os grânulos, mas com faces mais planas que se unem por contato direto. São típicos do horizonte B de solos com horizonte textural B, como os Podzólicos e as antigas Terras Roxas (atualmente Argissolos, Luvissolos e Nitossolos).
Prismas: estrutura alongada no sentido vertical, geralmente formada por blocos menores. Frequente em solos com horizonte B textural, embora nos Latossolos nem sempre sejam compostos de blocos.
Colunas: semelhantes aos prismas, mas com extremidade superior arredondada. Estrutura densa e pouco porosa, típica de horizontes B nátricos (hoje denominados B plânicos com alto teor de Na+) .
Laminada: estrutura com eixo vertical reduzido, comum no horizonte E (antes A2) de muitos Podzólicos, resultado de processos como compactação superficial ou pisoteio.
A presença de óxidos de ferro e alumínio, matéria orgânica e acúmulo de sais favorece a formação de estruturas granulares. No entanto, em ambientes sujeitos a repetidos ciclos de umedecimento e secagem, especialmente em solos com alto teor de argila, a contração e expansão das partículas podem comprometer a estrutura granular, levando à formação de blocos por deformação plástica dos agregados.
EXERCICÍOS:
1. (V/F) Solos com estrutura maciça apresentam partículas de solo soltas, sem coesão aparente.
Gabarito: Falso
Explicação: solos maciços apresentam massa coerente, sem estrutura evidente.
2. (Múltipla escolha) Qual dos seguintes minerais dificulta o empilhamento face a face das partículas de solo, favorecendo uma estrutura granular?
a) Argila silicatada
b) Goethita
c) Gibbsita
d) Quartzo
Gabarito: c) Gibbsita
3. (V/F) Os Latossolos geralmente apresentam uma estrutura granular com grânulos soltos e porosos.
Gabarito: Verdadeiro
4. (Múltipla escolha) Qual estrutura do solo é típica do horizonte B de solos com horizonte textural B, como Podzólicos?
a) Grumos
b) Blocos
c) Prismas
d) Colunas
Gabarito: b) Blocos
5. (V/F) Prismas e colunas são estruturas com eixo vertical alongado, sendo as colunas com extremidade superior arredondada.
Gabarito: Verdadeiro
6.Defina a estrutura do solo maciço e a estrutura de grãos simples.
Gabarito esperado:
Maciço: solo sem estrutura aparente, massa coerente e compacta.
Grãos simples: partículas soltas, sem coesão aparente entre os grãos.
7.Explique como a gibbsita influencia a estrutura do solo.
Gabarito esperado: A gibbsita dificulta o empilhamento face a face das partículas de argila, funcionando como obstáculo físico, o que favorece a formação de uma estrutura granular porosa.
8.Descreva a diferença entre grânulos e grumos em relação à estrutura do solo.
Gabarito esperado: Grânulos têm dimensões semelhantes em todas as direções e são bastante porosos, comuns no horizonte A de solos com matéria orgânica e Latossolos; grumos são similares, porém mais porosos e com maior influência da matéria orgânica, encontrados em solos chernozêmicos.
9.Quais fatores contribuem para a formação de estruturas granulares no solo?
Gabarito esperado: Presença de óxidos de ferro e alumínio, matéria orgânica, acúmulo de sais, e condições ambientais que favorecem a agregação, como boa drenagem.
10.Como os ciclos de umedecimento e secagem afetam a estrutura do solo em solos argilosos?
Gabarito esperado: Esses ciclos causam contração e expansão das partículas, podendo comprometer a estrutura granular e levar à formação de blocos por deformação plástica dos agregados.
REFERÊNCIAS: LEPSCH, Igor F.. 19 lições e pedologia. 2021. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/444896278/19-Licoes-da-Pedologia-Igo-F-Lepsch-pdf. Acesso em: 07 jul. 2025.
RESENDE, Mauro; CURI, Nilton; REZENDE, Sérvulo Batista de; CORRêA, Gilberto Fernandes. Pedologia base para a distinção em ambientes. 2007. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/735114340/Livro-Pedologia-Base-para-a-distincao-de-ambientes. Acesso em: 7 jul. 2025.